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quinta-feira, 31 de março de 2016

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Luís Amado admite que a polémica gerada em Portugal em torno da possível entrada da Guiné Equatorial no capital do Banif poderá ter afastado este Estado como potencial interessado. Admite porém que nunca procurou justificações

" O investimento da Guiné Equatorial era de emergência ", explicou Luís Amado, ex-ministro dos Negócios e ex-presidente do conselho de administração do Banif. Ou seja, o banco precisava urgentemente de capital e aparentemente a Guiné Equatorial estava disponível para investir, sublinhou.
As autoridades da Guiné Equatorial chegaram a assinar um memorando de entendimento que previa a entrada de investimento deste Estado no capital do Banif. A entrada far-se-ia através de um de três veículos o fundo soberano da Guiné Bissau, a companhia de gás ou a companhia de petróleo, explicou o ex-ministro.
Luís Amado esclareceu que "contactou naturalmente o governo da Guiné Bissau", através do ministro das finanças do país, e que nessa sequência foi feito um memorando de entendimento que pressuponha a sua entrada no capital do Banif. O ex-governante assegura que não conhecia o ministro das finanças guineense e que no contacto com a Guiné Bissau esteve também presente também Jorge Tomé, então presidente do Banif.
A Guiné Bissau acabou por não entrar no capital do Banif, mas Luís Amado diz que nunca perguntou qual era a justificação para a desistência. Admitiu no entanto que "“Houve um ruído grande à volta da participação da Guiné Bissau. Admito que o ambiente e alguma hostilidade criada tivessem inibido as autoridades da Guiné Equatorial de entrar no Banif".
Amado admitiu que houve investidores privados que estimularam a gestão a fazer uma apresentação do banif ao potenciais investidores da Giuné Bissau. "Quando apareceram investidores da Guiné Equatorial interessados em investir no nosso país, era nosso dever ouvi-los", afirma.



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