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terça-feira, 22 de março de 2016

245 DIAS SEM GOVERNO NA GUINÉ BISSAU CRISE POLITÍCA ??
A democracia Guineense e como tudo na Guiné Bissau, é uma democracia “sus generis” de representativa, não tem nada, pois  a muito que deixou de representar os reais anseios do Povo Guineense que quando vota em alguém dando-lhe indicações claras como pretende que este ou estes os representem acontece precisamente o contrário!
Democracia participativa é uma forma de exercício do poder, baseada na participação dos cidadãos nas tomadas de decisão política, manifestando-se, opondo-se e/ou apoiando aquilo que entendem ser melhor para eles e o País !

Na nossa recente história de Democracia Guineense aprendemos que os representantes já não conseguem  identificar e atender as necessidades da sociedade Guineense, isso por inumeras razões, ignoradas por alguns, desconhecidas pela maioria das pessoas, manipuladas e instrumentalizadas por outros.
Prova desta afirmação tem sido o posicionamento do actual Presidente da República José Mario Vaz, perante uma grave crise que assola o País há cerca de 245 dias e da qual o POVO vem anciosamente clamando uma solução URGENTE!! SOLUÇÃO ESSA QUE NÃO HÁ FORMA DE CHEGAR!!!!

Perguntamos; a Democracia serve para perpetuar CRISES, FALTA DE TOMADAS DE DECISÕES, FALTA DE CORAGEM, RECEIOS, ou seja, tudo menos a DEFESA DOS INTERESSES DA NAÇÃO???

Tudo isto tendo uma Constituíção da República que prevê soluções para todos os casos que vivemos, pois dela se faz tabúa morta e faz-se prevalecer a sua negociação e partilha de interesses e protagonismos satisfazendo os interesses das partes beligerantes.

Na verdade a  Guiné Bissau e os Guineenses vivem uma crise resultante da falta de representatividade dos seus anseios que delegaram em quem votaram para as legislativas e para as Presidências, ou seja no PAIGC e no Presidente JOMAV candidato do PAIGC.

O Povo votou inequivocamente dando maioria absoluta ao PAIGC, para que governasse sem sobressaltos e votou de igual forma num Presidente da mesma côr do Partido PAIGC, pensando que assim estariam preservadas a estabilidade, a paz e a harmonia no solo Pátrio de NINO VIEIRA.
Com todos estes ingredientes, desejáveis em qualquer parte do Mundo há 245 dias que o PAIGC e o JOMAV, impuseram a ingovernabilidade ao País!! Isto PORQUÊ????

Meus senhores o problema não reside no sistema Democrático implantado, mas sim num ùnico elemento que se dá pelo nome de PAIGC.

PAIGC é sinónimo de problemas, incompetência, corrupção, assassinatos, persiguições, falta de mérito, mesquinhice, vingança, ódio, revanchismo, clientelismo, amiguismo,ajustes de conta, inveja, etc,etc.

PAIGC,  um movimento de libertação caracterizado e fustigado com inumeros problemas de divisões internas desde da Luta de Libertação, dizemos  divergências agudas e mortais, pois conduziram ainda durante a Luta de Libertação a milhares de FUZILAMENTOS, ELIMINAÇÕES e DESAPARECIMENTOS, como forma e regra de controlar e guiar triunfalmente o Partido rumo a independência, mostrando-se hoje incapaz de se adaptar as regras democráticas de conduzir e dirigir o Partido no sentido de uma ampla participação democrática de todos Guineenses, sem exclusão e perseguisão deste ou aquele só pelo simples facto de terem opinião e militarem em outros Partidos legal-mente constituidos.

 De repente este PAIGC, impreparado, e sem competências para dirigir um Estado, vê-se com um Estado na mão, a Guiné Bissau, para mal dos nossos pecados, face aos ventos da Democracia no Mundo, O PAIGC é obrigado, a transvertir-se de um Partido Democrático, coisa que na sua essência nunca foi e nunca seria ou será. O único objectivo ideológico do PAIGC, era conduzir a Guiné a Independência, dizemos PARABÉNS, mesmo a custa de milhares de assassinatos, conseguiram? Seria esta a independência pretendida? e ainda o metodo utilizado foi o mais adequado? é para nós discutivel. Seria necessário o assassinato de milhares  filhos da Guiné? E ZERO assassinatos de Caboverdianos?

Um partido forjado no contesto de uma luta colonial tinha que ter uma disciplina interna ferrea, não permitindo fracções muito menos a democracia interna, que poriam em causa o comando da luta.

Assim uma direcção centralizada e constítuida maioritáriamente por Cabo Verdianos com o mínimo de instrução, dominaram a direcção do PAIGC com MÃO DE FERRO, isto até como forma de se legitimarem pois sendo minoritários e estrangeiros seria pouco natural e lógico serem os mesmos a conduzirem essa luta de libertação num País que não os pertencia e ainda por cima sendo os Caboverdianos o principal instrumento do colonialismo nas ex-colónias Portuguesas. 

Contudo eram os mais letrados e preparados para uma luta diplomática e internacional a que se associou a luta armada própriamente dita, esta mais indicada e apropriada para as guerreiras tribos indiginas da Guiné, que sempre se oporam a ocupação colonial.
É neste quadro conturbado e ainda num processo de independência pouco democrático que o País é entregue ao PAIGC atrás caracterizado, pelos Portugueses, que abandonam a sua sorte todos aqueles Guineenses de que se serviram durante a colonização da Guiné, nomeadamente os comandos africanos Guineenses que fizeram questão de DESARMAR, deixando-os INDEFESOS para serem todos BARBARAMENTE FUZILADOS, e enterrados em valas comuns, por este PAIGC, deixando as familias até a presente data a reclamar pelos cadavares dos seus antes queridos!

Com a “Independência” o PAIGC, impõe um regime Ditatorial de Partido Ùnico, Tenebroso, Assassinios, e de total supressão dos Direitos Humanos, até aí jamais visto pelas populações, diga-se mesmo durante o colonialismo, tinham vivido e presenciado tais massacres e assassinatos publicos! Instala-se o MEDO, o ÒDIO, a VINGANÇA, as PERSIGUIÇÕES, MATANÇAS, FUZILAMENTOS, como “modus operandus” do PAIGC e como ideologia oficial do Partido.

 Instituí, as ELEIÇÕES OBRIGATÓRIAS (Fantoches) só com um PARTIDO O PAIGC, que ganhava sempre estrondosamente, impondo uma militância obrigatória a todos Guineenses a esse Partido o PAIGC, sob pena de se não o fizessem seriam, perseguidos, presos e assassinados, constituem um dos legados persistentes até hoje neste “estado democrático” em que as populações só sabem e têm medo de não votar PAIGC.

De repente, os ventos da mudança mundial, impõem a Guiné Bissau e o PAIGC, também a adopcção da “DEMOCRACIA”. Claro que essa mudança para a democracia faz-se, mas a moda do PAIGC, com as suas nuances e artemanhas constitucionais bem arquitectadas para o servirem e não para servirem Democráticamente o País e os Guineenses, hoje toda a Nação Guineense paga e muito caro por estas disvirtualizações “democráticas”.

Mais tarde ou cedo veria ao de cimo as profundas contradições deste PAIGC, que corporiza desde antigos combatentes, assassinos, torturadores, corruptos, marginais, pequenos intelectuais, artifeces, violadores, etc, etc, uma mistura explosiva, longe de representar um Partido, sim um dinamite que vem dinamitando toda a sociedade Guineense e que muitos fingem ignorar e não perceber o alcance dos seus males.

A “actual Democracia” defendida e legitimada pela Comunidade Internacional em que o PAIGC, tem ainda como bandeira do seu Partido o PAIGC, a Bandeira Nacional (um simbolo em que todos os Guineeses deveiam rever-se com orgulho), tem ainda  o Hino Nacional como hino do seu Partido o PAIGC , tem ainda os simbolos da República como simbolos da Partido PAIGC, tudo isto em violação flagrante da constituição da república da Guiné Bissau, mas permitida pela Comunidade Internacional que vê todas estas violações que dão grande vantagem a este Partido no confronto eleitoral, mas que finge que não vê nada de anormal que sómente vê e avaliza ELEIÇÕES LIVRES E TRANSPARENTES NA GUINÉ BISSAU.

 Uma Comunidade Internacional que avaliza eleições, sucessivamente como  BOAS, Transparentes, etc, etc cimentando estas profundas desigualdades, que têm conduzido a Guiné de sucessivas em sucessivas “CRISES” endémicas, umas vezes culpando os militares por esse facto outras vezes culpando Partidos Politicos que ousam reclamar e que nunca tiveram igualdade de oportunidades nos concursos eleitorais, partidos que partiram sempre em flagrante e gritante desvantagem.

Enfim inumeras situações poderiamos refêrenciar, mas concerteza que daqui não sairiamos, pois as manigâncias e os maquiavilismos, do PAIGC e dos seus Dirigentes, são tantos que teriamos que plasma-los num livro de milhares de páginas.

Isto tudo para Vos AFIRMAR E COMFIRMAR que enquanto o PAIGC existir na Guiné Bissau, nunca haverá PAZ, TRANQUILIDADE e HARMONIA entre os GUINEENSES!!

É NECESSÁRIO UMA TERAPÊUTICA QUE ADVOGAMOS  COMO OBRIGATÓRIA PARA A SAÍDA DESTAS CRISES QUE ASSOLAM O PAÍS, ATRAVÉS DE UM PACTO DE REGIME ENTRE TODOS OS ACTORES POLITICOS, AONDE SE INSCREVA O INTERESSE NACIONAL ACIMA DE TODOS OS OUTROS E SE IMPONHA NESSE PACTO A DEMOCRATIZAÇÃO DO PAIGC E AINDA A CONSTITUIÇÃO DE UMA COMISSÃO DA VERDADE E RECONCILIAÇÃO, PARA QUE OS NOSSOS IRMÃOS DO PAIGC QUE COMETERAM ATROCIDADES EXPIEM E SE DECLAREM CULPADOS E ARREPENDIDOS POR TAIS PRÁTICAS PARA QUE O PAÍS COMO UM TODO, os perdoe e MAIS HOMOGENEO ARRANQUE!! OU SEJA PARA QUE o slogan de JOMAV “MON N LAMA” e de DSP “ TERRA RANKA”, faça algum sentido.

Um PACTO DE REGIME QUE SUSPENDA POR 8 ANOS A FANTOCHADA DAS ELEIÇÕES, SEMPRE DECLARADAS LIVRES, JUSTAS E TRANSPARENTES, MAS QUE NUNCA DESDE QUE EXISTE “DEMOCRACIA” NA GUINÉ, COM VENCEDORES INTERNACIONALMENTE PROCLAMADOS, COM MAIORIA QUALIFICADA OU COM MAIORIA ABSOLUTA OU COM MAIORIA RELATIVA E AINDA COM O PAIGC COMULATIVAMENTE NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, NA PRESIDÊNCIA DA ANP,COM UM PRIMEIRO MINISTRO, APESAR DE TODAS ESTAS CONDIÇÕES NUNCA FORAM CAPAZES DE CUMPRIR UM MANDATO ATÉ AO FIM E FICOU PROVADO QUE NEM NUNCA SERÃO CAPAZES DE OS CUMPRIR MESMO QUE PARA O EFEITO EXISTAM TODOS OS DIALOGOS E MEDIAÇÕES POSSÍVEIS.

SÓ HAVERÁ PAZ ESTABILIDADE E HARMONIA ENTRE OS GUINEENSES QUANDO SE SUSPENDEREM, COMO DIZIAMOS POR 8 ANOS ESTAS ELEIÇÕES QUE COMPROVADAMENTE DEMOSTRARAM QUE NÃO SÃO SOLUÇÃO!!!!

QUANDO SE OPTAR POR UM AMPLO PACTO DE REGIME ENTRE TODOS OS ACTORES POLITICOS SEM EXCEPÇÕES, QUE CONGREGUE ACÇÕES SUPRA NACIONAIS, FAZENDO PREVALECER O CONVÍVIO INTER-PARTIDÁRIOS, PRIORIZANDO O INTERESSE NACIONAL ACIMA DE QUALQUER OUTRO INTERESSE, DESPOLITIZANDO AS FORÇAS MILITARES E AS DE SEGURANÇA, A JUSTIÇA, PROMOVENDO UMA REVISÃO CONSTITUCIONAL OPTANDO POR UM REGIME PRESIDENCIALISTA (mais consentânea com a nossa realidade Africana e Guineense), PROMOVENDO O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E O ESTADO SOCIAL,etc.

Para que JOMAV ou qualquer outro cidadão no seu lugar amanhã aplique as leis e a Constituição da República, sem temer os militares, a Comunidade Internacional, os Partidos Politicos, as Pseudos Organizações da Sociedade Civil, o Poder Judicial, etc,etc, para que o primado do direito impere na GUINÉ BISSAU.

Para que JOMAV ou qualquer outro futuro Presidente da Republica não aceite negociar e ajustar aquela que é a nossa lei Mangna, a nossa Constituição consoante as conviniências deste ou daquele e das próprias CRISES.

VIVA O POVO GUINEENSE

VIVA A GUINÉ BISSAU

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